
Dólar Forte, Real Desvalorizado e Inflação Alta Freiam Recuperação do Poder de Compra no Brasil
- Andre Santos
- 10 de jan.
- 2 min de leitura
Dólar Forte, Real Desvalorizado e Inflação Alta Freiam Recuperação do Poder de Compra no Brasil
Apesar de reajustes salariais acima da inflação, o poder de compra do salário mínimo brasileiro não deve retornar ao nível pré-pandemia antes de 2026, aponta estudo da consultoria LCA 4intelligence.
Em novembro de 2024, o salário mínimo permitia a compra de 1,7 cestas básicas, patamar semelhante ao observado desde outubro de 2020, quando atingiu a média de 1,75. Antes da crise sanitária, entre 2010 e 2019, esse poder era equivalente a duas cestas básicas.
O enfraquecimento contínuo do real, o fortalecimento do dólar e o aumento persistente da inflação são os principais fatores que impedem a retomada da capacidade aquisitiva a níveis superiores ao atual. Segundo economistas, embora recuos no poder de compra sejam comuns após períodos de crise, o cenário atual é agravado pelos efeitos prolongados da pandemia e suas consequências econômicas.
No início de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou o novo valor do salário mínimo, fixado em R$ 1.518. O reajuste de 7,5% foi calculado com base na inflação de 2024 e no crescimento do PIB, afetando os salários a partir de fevereiro. No entanto, o aumento não trará um ganho real expressivo no poder de compra, especialmente em relação ao custo da cesta básica.
A pesquisa da LCA utilizou dados históricos da cesta básica em São Paulo (Dieese), da renda média habitual nominal (PNAD Contínua) e do salário mínimo vigente desde 1998. Bruno Imaizumi, economista responsável pelo levantamento, destaca que, mesmo com um mercado de trabalho aquecido, a inflação em alta contribui para a percepção de deterioração econômica, afetando a qualidade de vida da população.
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