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Oito mortos no 3º dia de onda de violência em Porto Velho; seis vítimas executadas por criminosos e duas em confronto com a PM

  • Andre Santos
  • 16 de jan.
  • 4 min de leitura

Quatorze pessoas foram baleadas na Zona Leste de Porto Velho, sendo que seis não resistiram aos ferimentos. A polícia está à procura de nove líderes do Comando Vermelho e membros influentes da facção.


O terceiro dia de intensos confrontos entre a Polícia Militar e a facção Comando Vermelho em Porto Velho, Rondônia, resultou na morte de oito pessoas. As vítimas eram em sua maioria pedestres e cidadãos que transitavam pelas ruas da cidade na noite de quarta-feira (15).


Contexto: Desde o início da semana, os conflitos entre forças de segurança e membros do Comando Vermelho têm causado prisões, mortes e prejuízos materiais, como a destruição de mais de 20 ônibus, entre outros veículos. A polícia está à procura de nove chefes do Comando Vermelho e de indivíduos com grande influência dentro da facção.


Na noite de quarta-feira, quatorze moradores da Zona Leste de Porto Velho foram atingidos por disparos e encaminhados a unidades de saúde. Seis não sobreviveram aos ferimentos, conforme confirmado pela Rede Amazônica.


De acordo com a polícia, criminosos passaram de carro em frente a um bar na Zona Leste e abriram fogo contra os clientes. Duas pessoas foram atingidas, uma morreu no local e a outra chegou a ser socorrida no Hospital João Paulo II, mas também veio a falecer devido aos ferimentos.


O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) informou que um ciclista foi baleado durante os ataques. Outras vítimas, todas da mesma região da cidade, também morreram após serem atingidas pelos tiros.


Ainda durante a noite, dois suspeitos de pertencer ao Comando Vermelho foram mortos em um confronto com a polícia na Linha 27, Ramal Rio das Garças, na Zona Rural de Porto Velho.


Para reforçar o combate ao crime organizado em Porto Velho, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) enviou um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para apoiar as ações da polícia. O Ministério da Justiça e Segurança Pública também enviou aproximadamente 60 agentes da Força Nacional, que já estão atuando na capital e devem receber reforços nos próximos dias.


Origens dos ataques


Nos últimos meses, a Polícia Militar tem intensificado suas ações contra o crime organizado no conjunto habitacional Orgulho do Madeira, localizado na Zona Leste, uma área dominada pelo Comando Vermelho. Em uma dessas operações, no dia 8 de janeiro, um dos líderes da facção foi morto pela polícia, mas as autoridades não revelaram detalhes sobre a identidade do criminoso e como o incidente ocorreu.


No domingo (12), o cabo da Polícia Militar Fábio Martins foi assassinado com seis tiros na cabeça dentro do próprio bairro onde residia, o Orgulho do Madeira. Ele estava de folga e acompanhado de sua esposa no momento do ataque. Segundo a PM, o assassinato de Martins foi uma retaliação do Comando Vermelho pelas ações policiais contra a facção.


Em resposta, a Polícia Militar iniciou a Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura II, com o objetivo de combater o crime organizado e ocupar a área do conjunto habitacional. A partir desse momento, os ataques contra ônibus começaram, resultando na queima de mais de 20 veículos.


A Intensificação da Violência e as Medidas de Combate


A onda de violência que assola Porto Velho, especialmente nas áreas controladas pelo Comando Vermelho, tem gerado uma crescente preocupação entre as autoridades e a população local. Além dos ataques à vida de civis e policiais, os criminosos têm demonstrado sua força ao promover uma série de incêndios criminosos, destruindo veículos e causando ainda mais pânico na cidade.


A resposta do governo estadual e federal tem sido uma tentativa de estabilizar a situação por meio de operações conjuntas. A presença de agentes da Força Nacional e a colaboração de helicópteros da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso têm reforçado as ações da Polícia Militar para tentar desarticular as facções criminosas e retomar o controle das áreas mais afetadas.


Desafios e Perspectivas para o Futuro


O combate ao crime organizado em Porto Velho enfrenta desafios significativos, como a falta de recursos e o alto nível de organização das facções. O Comando Vermelho, por exemplo, tem se mostrado extremamente ativo na região, utilizando métodos violentos e coordenados para intimidar tanto a população quanto as forças de segurança.


As operações de ocupação e combate a esses grupos, como a já mencionada Operação Aliança Pela Vida, têm sido uma tentativa de reverter a situação, mas o alto custo humano e material desses enfrentamentos é um reflexo da complexidade do problema. A intervenção de unidades especializadas, como a Força Nacional, pode trazer algum alívio a curto prazo, mas a solução definitiva dependerá de um esforço coordenado a longo prazo entre as autoridades locais, estaduais e federais.


Além disso, a segurança da população civil, que tem sido constantemente alvo de ataques, precisa ser prioridade nas estratégias de combate. O apoio psicológico e social para as vítimas e suas famílias, bem como um trabalho preventivo e de conscientização na comunidade, são ações essenciais para garantir a paz e reduzir o impacto da violência a longo prazo.


Conclusão


Porto Velho vive um momento crítico em termos de segurança pública, com uma escalada de violência que tem afetado a vida de muitos cidadãos. O combate ao Comando Vermelho e outras facções criminosas exige uma abordagem integrada, que envolva policiamento, justiça e políticas sociais, para que a cidade consiga se recuperar e garantir a proteção de seus moradores. A situação ainda é delicada, e somente com ações eficazes e contínuas será possível restaurar a ordem e a tranquilidade na capital de Rondônia.


 
 
 

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