Período Chuvoso em Minas Gerais Já Deixou 24 Mortos e Mais de 1.700 Pessoas Fora de Casa

As fortes chuvas que atingem Minas Gerais desde o fim de setembro de 2024 já resultaram em 24 mortes, conforme dados divulgados pela Defesa Civil na segunda-feira, 13 de janeiro. O estado ainda contabiliza 279 desabrigados e 1.497 desalojados, números que continuam em alerta com o avanço do período chuvoso.

Tragédia no Vale do Aço

A situação mais crítica ocorreu em Ipatinga e Santana do Paraíso, no Vale do Aço, onde 11 pessoas morreram na madrugada de domingo, 12 de janeiro.

Em Ipatinga, o bairro Bethânia registrou 204 mm de chuva em poucas horas, resultando em tragédias por deslizamentos de terra. Na rua Boston, uma criança de 8 anos morreu soterrada.

Na rua Turim, cinco integrantes de uma mesma família, com idades entre 8 e 75 anos, perderam a vida.

Outras vítimas foram encontradas em ruas próximas, incluindo dois idosos que morreram após um deslizamento na rua Tucanuçu.

A cidade ainda enfrenta alagamentos que comprometeram o atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), além de deslizamentos e a interdição de vias importantes. Ipatinga decretou situação de emergência e contabiliza, até o momento, 40 desabrigados.

Em Santana do Paraíso, uma mulher de 36 anos morreu após ser resgatada com vida. O município também declarou emergência devido aos impactos das chuvas.

Outras Regiões Afetadas

No norte do estado, Espinosa, divisa com a Bahia, foi severamente atingida no domingo. Bairros como JK, Bela Vista e Arapongas e áreas rurais sofreram alagamentos. A ruptura de uma barragem particular causou inundações, deixando 17 pessoas desabrigadas e danificando estradas e pontes. Espinosa também declarou situação de emergência.

Balanço do Período Chuvoso

Desde o início do período chuvoso, em 27 de setembro de 2024, Minas Gerais registrou mortes em diversas cidades:

Ipanema: 3 vítimas

Raul Soares: 2 vítimas

Uberlândia, Maripá de Minas, Coronel Pacheco, Capinópolis, Alterosa, Carangola, Nepomuceno e Tombos: 1 vítima cada

Com mais chuvas previstas, as autoridades recomendam atenção redobrada para regiões de risco. O monitoramento segue intensificado, e a Defesa Civil mantém alertas ativos para novas tempestades.